Num momento dessa nova jornada, a de ser mãe, a mulher (sei
que algumas não pensam assim, mas vamos nos atinar nas que pensam) começa a
sentir falta do bebê. Pensa comigo: tudo que você queria – antes de ser mãe - era
reconhecimento profissional. Você batalhou por ele e finalmente conseguiu e ai
no meio daquela reunião, hiper importante, você se lembra do cheirinho do seu
baby, da risada dele e tudo que você quer naquele momento é pedir que: PAREM AS
MÁQUINAS, porque você precisa ir pra casa!!! Mas, infelizmente, isso não é
possível se você trabalha fora, em uma jornada pré-determinada de oito horas
diárias. E ai, o que fazer? Geralmente a
mulher começa a se sentir insatisfeita, por mais que se esforce seus
pensamentos estão tão sintonizados com seu lar, que ela, que era a primeira a
chegar à empresa, começa a se atrasar, a desejar que o final de semana chegue
logo. Desejar viver cada momento de descoberta do filho. Estar com ele em tempo
integral.
Ai que vem aquela pergunta: Jogar tudo pro alto, ainda que temporariamente
e dedicar-se em tempo integral ao pequeno ou aguentar firme e se desdobrar pra
dar a ele todo carinho, atenção e amor que ele precisa?
Essa decisão que parece simples, pode enlouquecer uma pobre
mãe, que se sente completamente perdida no meio desse furação de opções e
desejos.
Então, o que fazer?
Primeiro temos que nos conscientizar que independente da
escolha, haverá perdas e ganhos. Se optar por ser mãe em tempo integral, perderá
algumas regalias, como seu dinheiro próprio, afinal ninguém curte ter que pedir
dinheiro ao marido para comprar um absorvente, entre outras coisas que antes
você nem se atentava, pois, quando precisava você comprava e pronto.
Porém, o ganhar dessa escolha é surpreendente. O que paga
estar com seu filho quando ele dá o primeiro passo? Cai o primeiro dente? Fala
a primeira palavra ou quando ele corre a procura de alguém para consola-lo por
um dedo machucado e você está lá, ao seu alcance para acudi-lo (e dar aquele
beijinho milagroso que faz a dor passar).
Mas, se você decidir continuar com sua carreira, perderá
inevitavelmente alguns momentos, porque eles não têm hora pré-determinada pra
acontecer (e sempre acontecem quando você não está presente, lembra da lei de
Murphy? Então...), mas o ganho dessa escolha é poder dar ao seu filho um
conforto extra. Seja uma escola onde ele tenha uma oportunidade de se
desenvolver melhor ou férias em um lugar incrível.
O interessante é que a mamãe possa refletir e pesar na
balança o que é melhor pra ELA. Até porque, o que é melhor pra mim nem sempre é
melhor para a mamãe ao lado.
Se pra você, viajar com seu filho e colocar ele pra estudar
em uma escola particular é o essencial, optar pela primeira opção só vai
fazê-la infeliz, pois inicialmente pode parecer o certo, afinal que mãe não
quer estar com o pupilo, mas com o tempo o corte no orçamento tomará seu espaço
e a mamãe em questão sentirá o peso da escolha quando não puder pagar a tal
escola ou não poder viajar para aquela ilha paradisíaca. Assim como se uma
mamãe que quer curtir TUDO do seu pequeno escolher a opção dois, também
enfrentará dificuldades, pois não se sentirá completa ao saber que a babá, a
tia ou qualquer outra pessoa escutou a criança dizer suas primeira palavra, deu
os primeiros passos ou ganhou o primeiro “galo” na testa.
Portanto, reflita, converse com seu companheiro sobre o que
pensa e sente, faça sua escolha baseada nos seus sentimentos e assuma ela por
inteiro.
Claro que em qualquer uma das situações vai bater um
arrependimentozinho, mas se você tiver boas reflexões para embasar a sua
escolha, esse arrependimento passa!!!! E ai é só alegria!