Mamãe Pig - A mamãe mais paciente do mundo

Hoje, vi no facebook de uma amiga, ela comentando que não gostava das criticas direcionadas a Mamãe Pig, da série Peppa Pig. Segundo essa amiga, muitos criticavam a paciência extrema da porquinha em questão.
Então resolvi pesquisar e realmente em muitos blogs, posts do facebook e do instagram encontrei vários pessoas se referindo à paciência da Mamãe Pig em tom pejorativo, dizendo que aquela paciência é surreal e coisas do tipo.
Eu procuro não deixar a Lara – que tem 5 aninhos – assistir muita televisão, prefiro que ela invista seu tempo brincando com outras coisas, mas há momentos que permito que ela sente e assista e nesses ai ela pede pra ver a Peppa. Já assisti vários episódios com ela e realmente a família, em um olhar superficial parece “perfeitinha demais”, sem qualquer ligação com a realidade. Mas, analisando mais profundamente, podemos constatar que essa família não é surreal e completamente fora dos padrões da realidade, mas uma família onde o amor pelos filhos e outros seres – no caso da série, outras famílias de animais – são mais importantes que uma casa limpa, um tênis novo que foi perdido por se permitir pular em poças de lama. Outras cenas que mostram bastante a paciência da porquinha é quando há divergências entre os irmãos, ela mesmo se mantendo neutra em relação a quem está certo, ela procura, com sua calma peculiar, ajudar seus filhos resolver esses conflitos tão corriquenhos entre irmãos.
Ai me pergunto, quem será que está fora da realidade a paciente e compreensiva mamãe Pig ou nós? Que nos permitimos vivenciar uma rotina extremamente corrida e não paramos pra compreender, aceitar e pacientemente contornar uma coisa tão deliciosa como pular em poças?
Será mesmo que a porquinha que é surreal? Será que os filhos dela serão crianças mimadas por terem tudo? Ou será que serão crianças realizadas por poderem ser única e exclusivamente crianças?

Fica ai a reflexão...

Pai do coração




        Hoje são muito comuns famílias formadas por casais que já estão no segundo ou terceiro casamento e muitas vezes tiveram filhos dessas antigas relações. Como lidar com esse novo formato familiar?

Para as mulheres que se casam com homens que já são pais a mudança, na maioria das vezes, não é tão radical, já que a guarda das crianças é frequentemente destinada às mães. Porém, como fica quando a situação é inversa? Quando são elas que já tem seus rebentos e se casam novamente. Alguns homens preferem se manter “a parte” lidando com as crianças como se fossem tios. Já outros acolhem aquele pequeno ser como seus. São os pais do coração. E é sobre eles que quero falar hoje.

        Esses “pais de coração” adotam a criança como sua, e passam a fazer parte da vida dela em tempo integral, dá comida, banho, afeto, carinho, amor atenção. Em muitos casos isso acontece porque os pais biológicos se afastam depois da separação e a criança fica com esse “espaço” aberto e incompleto, ai nesses casos as crianças tendem a se aproximar de avôs, para suprir essa carência masculina na vida dela, mas quando há esse “novo pai” tão próximo, é ele quem a criança passa a ter como exemplo masculino e ela mesma o insere nesse novo papel, sem que ninguém precise força-la a isso. Há casos também que o pai biológico e o pai de coração dividem o coração e a vida da criança, cada um se fazendo presente na vida dela de uma forma. Nesses casos há algumas diferenças entre os pais, que muitas vezes, por ciúmes, acaba discordando de pontos na criação da criança, ai o melhor a fazer é sentar e conversar, e há aqueles pais que sabem admitir que o novo homem na vida da criança esta dando a seu filho o que ele não pode dar, seja por qual motivo for, então em vez de se sentir ameaçado, ele se sente grato. 


        Em casa, minha pequena Lara tem um PAIdrasto que a ama, cuida e cria, sem que haja diferença dela ser ou não sua filha de sangue. Ele briga, pega no pé, abraça, cuida, passa noites em claro quando ela esta doente, deita com ela quando esta com medo de dormir sozinha, compra mimos, enfim, um pai que pode não ser de sangue, mais com certeza é um PAIZÃO de coração, e a ela tem um pai biológico, que é grato por ela ter o amor desse novo pai.

        Não há casos certos ou errados, há apenas uma criança, que precisa e merece receber todo carinho e atenção, e se isso vem de um homem que não é seu parente, mas é verdadeiro e ela espontaneamente o aceita, quem somos nós para criticar.